Conhecer destinos fora da alta temporada é descobrir um lado mais encantador do mundo.
É quando as ruas estão mais tranquilas, os preços mais amigáveis e os moradores mais disponíveis para conversar.
Muitos destinos ganham um charme inesperado quando visitados fora do auge do movimento. Por certo, pelo clima, pelas paisagens ou pelo simples fato de que é possível apreciar tudo com mais calma.
Portanto, continue lendo para ver curiosidades e motivos para conhecer sete lugares que ficam ainda mais encantadores quando o calendário dá uma trégua.
Paris, cafés cheios de poesia e parques outonais
O outono em Paris é uma das épocas mais especiais do ano.
Entre setembro e novembro, a cidade se cobre dos tons da estação, bem como as multidões do verão já se dissiparam.
Assim sendo, caminhar pelos Jardins de Luxemburgo ou pelo Parc Monceau é como atravessar uma pintura impressionista, com folhas caindo e o ar frio convidando a parar em um café.
Nessa época, é mais fácil visitar ícones como o Museu do Louvre e a Torre Eiffel sem longas filas. Então, os parisienses retomam seus hábitos diários, e a cidade parece pertencer novamente a quem a observa.
Nos mercados de rua, as bancas se enchem de queijos curados, vinhos jovens e tortas de maçã. Além disso, o clima ameno convida a passeios ao ar livre.
Toscana no inverno: trufas, vinhos e paisagens silenciosas
Entre dezembro e fevereiro, a Toscana ganha uma atmosfera acolhedora.
As colinas verdes perdem um pouco da cor, mas ganham em encanto: é o tempo das trufas, dos azeites novos e dos vinhos que aquecem as noites frias.
Sem dúvida, as cidades medievais como Siena, San Gimignano e Montepulciano ficam quase desertas, permitindo que o visitante explore melhor os becos e as praças históricas.
As hospedagens também se tornam mais acessíveis. Em síntese, é comum encontrar castelos e vinhedos abertos apenas para pequenos grupos em um dos destinos mais belos fora da alta temporada.
Uma curiosidade: o inverno é o melhor período para participar das colheitas de azeite e para visitar as adegas que produzem o Chianti e o Brunello di Montalcino, quando os produtores recebem visitantes com degustações.
Surpreenda-se com a Patagônia no verão
Dezembro a março, o sul do continente americano vive o auge dos dias longos e da natureza em plena forma.
Embora no inverno seja dominada pela neve e pelas baixas temperaturas, a Patagônia se transforma no verão: os lagos derretidos refletem as montanhas e os ventos fortes cedem lugar às trilhas.
Em El Calafate, o Glaciar Perito Moreno exibe blocos de gelo se desprendendo em ruídos impressionantes.
Por outro lado, em Torres del Paine, no Chile, as trilhas mais famosas ficam abertas e o clima permite caminhadas prolongadas.
Viajar nesse período também é uma oportunidade de ver a fauna local em atividade. Guanacos, condores e até pinguins se aproximam das costas e das trilhas. Por consequência, é possível observar esses animais de perto – algo impensável durante o frio extremo.
Praga na primavera é repleta de música e tradição
A capital da República Tcheca é conhecida por seu encanto gótico. Porém, na primavera (de março a maio) ela ganha outro ritmo, ganhando destaque nessa lista de destinos fora da alta temporada.
Por exemplo, as praças voltam a receber artistas de rua, os cafés se espalham pelas calçadas e o rio Moldava se torna cenário para passeios tranquilos de barco.
É nessa época que acontece o Festival de Primavera de Praga, evento musical que reúne orquestras do mundo todo.
A cidade, que costuma ficar lotada no verão, se mostra mais leve, ideal para quem quer visitar o Castelo de Praga, a Ponte Carlos ou o Relógio Astronômico de maneira mais acessível.
Outro detalhe curioso: na primavera, os parques Petřín e Letná ficam cobertos de flores e são os pontos preferidos dos moradores locais para piqueniques.
Clima de cinema na Nova York invernal
Enquanto o frio afasta os turistas, Nova York se torna um cenário de filme.
Entre janeiro e fevereiro, o Central Park coberto de neve e as vitrines iluminadas da Fifth Avenue criam um clima que inspira nostalgia do cinema clássico.
Os preços de hotéis e ingressos para shows da Broadway caem, tornando a cidade mais acessível. Museus como o MoMA, o Metropolitan e o Guggenheim são boas opções para dias gelados, assim como os cafés tradicionais do Greenwich Village.
Quem visita Nova York nesse período também encontra as liquidações de inverno (perfeitas para quem gosta de compras).
E nesse meio tempo pode aproveitar pistas de patinação como a do Bryant Park e a do Rockefeller Center sem tanta fila.
Cusco no outono oferece rituais, tradições e montanhas
Em Cusco, antiga capital do Império Inca, o outono (de março a maio) é o melhor período para visitar o Vale Sagrado dos Incas e Machu Picchu.
As chuvas diminuem, o clima é mais ameno e a cidade retoma seu ritmo cotidiano, com moradores ocupando as praças e feiras de artesanato.
O ar rarefeito se torna mais agradável para caminhadas, e o céu limpo realça a beleza das montanhas andinas. É também o período de celebrações locais, como o Corpus Christi de Cusco, quando procissões coloridas saem pelas ruas com música e dança.
Ou seja, com menos turistas, os ingressos para trilhas como a Trilha Inca ou o Vale de Lares ficam mais disponíveis.
Dubrovnik na primavera, puro fascínio com o mar em harmonia
Finalmente, a cidade croata de Dubrovnik, famosa por suas muralhas medievais e pelo mar Adriático, é muito procurada no verão.
Mas é na primavera (abril e maio) que ela revela seu charme mais natural.
Os restaurantes do centro histórico voltam a abrir suas portas para os moradores, oferecendo pratos de frutos do mar frescos e vinhos da região da Dalmácia.
Outro atrativo são os festivais culturais, como o Dubrovnik Spring Music Festival, que celebra o fim do inverno com apresentações em igrejas e praças.
E com o clima ameno, as praias próximas (tal qual a Banje Beach) ficam agradáveis, mesmo antes da alta temporada.
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